È um Serviço da Proteção
Social Básica do SUAS, regulamentado pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais
(Resolução CNAS Nº 109/2009) e reordenado em 2013 por meio da Resolução Nº
01/2013.
É ofertado de forma complementar ao
trabalho social com famílias, que é realizado por meio do Serviço de
Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), no CRAS, e pelo
Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI),
no CREAS.
Qual o foco do Serviço
de Convivência e Fortalecimento de Vínculos- SCFV?
O foco do SCFV é a oferta de atividades
programadas de convivência e socialização nos territórios e
contextos de vulnerabilidade social, que realmente possam proporcionar trocas
culturais e de vivência, com o intuito de fortalecer vínculos familiares
e comunitários, prevenindo situações de violação de direitos.
O SCFV possui um caráter preventivo e
proativo, pautado na defesa e na afirmação de direitos. As atividades
proporcionadas buscam o desenvolvimento de capacidades e potencialidades dos
usuários, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento
de suas vulnerabilidades. Deve ser ofertado de modo a garantir as
seguranças de acolhida, de convívio familiar e comunitário, além de estimular o
desenvolvimento da autonomia destes usuários.
O trabalho nos grupos é planejado de
forma coletiva, contando com a participação ativa do técnico de referência do
SCFV, dos orientadores sociais e dos usuários. Sendo o Técnico de Referência do
SCFV e o orientador /educador social os responsáveis
pelo planejamento e temas
trabalhados nos grupos.Os
encontros dos grupos do SCFV devem criar oportunidades para que os usuários
vivenciem as experiências isso pode ser efetivado mediante variadas ações
estratégicas, que precisam ser atrativas e atender às demandas e
especificidades de cada grupo, sempre com objetivos muito bem definidos (para
mais informações sobre as atividades dos grupos do SCFV, conferir perguntas nº
45, 46 e 47 do perguntas Frequentes 2017).
Quais os objetivos do SCFV
Através
das ações planejadas do SCFV, busca-se, em relação a cada usuário
atendido, o resgate de vínculos rompidos, o fortalecimento de
vínculos fracos e a construção de vínculos inexistentes. Os objetivos gerais do SCFV são:
✪ Complementar
o trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco
social e fortalecendo a convivência familiar e comunitária;
✪ Prevenir
a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e
idosos, em especial, das pessoas com deficiência, assegurando o direito à
convivência familiar e comunitária;
✪ Promover
acessos a benefícios e serviços socioassistenciais, fortalecendo a rede de
proteção social de assistência social nos territórios;
✪ Promover
acessos a serviços setoriais, em especial das políticas de educação, saúde,
cultura, esporte e lazer existentes no território, contribuindo para o usufruto
dos usuários aos demais direitos;
✪ Oportunizar
o acesso às informações sobre direitos e sobre participação cidadã, estimulando
o desenvolvimento do protagonismo dos usuários;
✪ Possibilitar
acessos a experiências e manifestações artísticas, culturais, esportivas e de
lazer, com vistas ao desenvolvimento de novas sociabilidades;
✪ Favorecer
o desenvolvimento de atividades intergeracionais, propiciando trocas de
experiências e vivências, fortalecendo o respeito, a solidariedade e os
vínculos familiares e comunitários (para mais informações sobre percurso
intergeracional, conferir pergunta nº 42 do caderno Perguntas frequentes SCFV).
Além dos objetivos gerais, o SCFV tem objetivos específicos
para cada ciclo de vida, tendo em vista as especificidades de cada etapa do
desenvolvimento dos sujeitos.
O
resultado do investimento no SCFV é o vínculo!
Qual o foco do Serviço
de Convivência e Fortalecimento de Vínculos?
Abrange os seguintes Ciclos de
Vida:
a) crianças de 0 até 6 anos;
b) crianças e adolescentes de 6 a 15
anos;
c) adolescentes de 15 a 17 anos;
d) jovens de 18 a 29 anos;
e) adultos de 30 a 59 anos;
f)
idosos (a partir de 60 anos).
Condições de especial interesse:
· ✪ Pessoas com deficiência, com prioridade
para as beneficiárias do BPC;
· ✪
Pessoas cujas famílias são beneficiárias
de programas de transferência de renda;
· ✪
Pessoas encaminhadas pelos serviços da Proteção
Social Especial;
· ✪
Pessoas com famílias com precário acesso
à renda e a serviços públicos;
· ✪
Pessoas em situação de vulnerabilidade
em consequência de deficiências que apresenta.
Qual o público PRIORITÁRIO do SCFV?
(Resolução CIT Nº 01/2013 e a Resolução CNAS Nº
01/2013)
· ✪ Em situação de isolamento;
· ✪ Trabalho infantil;
✪ Vivência de violência e/ou negligência;
· ✪ Fora da escola ou com defasagem escolar
superior a 2 (dois) anos;
· ✪ Em situação de acolhimento;
· ✪
Em cumprimento de medida socioeducativa
em meio aberto;
· ✪ Egressos de medidas socioeducativas;
· ✪ Situação de abuso e/ou exploração
sexual;
·
✪ Com medidas de proteção do ECA;
· ✪ Crianças e adolescentes em situação de
rua;
·
✪ Vulnerabilidade que diz respeito às
pessoas com deficiência.
Equipe mínima
necessária para a oferta do SCFV .
a)Técnico de Referência do SCFV: Profissional de nível superior que integra a
equipe do Centro de Referência de Assistência Social –CRAS , sendo este, profissional de referência da Unidade Executora junto aos grupos de usuários atendidos e para fazer a
interlocução com o CRAS, CREAS, a Supervisão dos SCFV e a própria direção/coordenação
da Organização da Sociedade Civil, e demais locais onde o serviço é ofertado.
Entre as
atribuições do técnico de referência, estão:
✪ Acompanhamento da execução do
SCFV, especialmente por meio de participação sistemática nas atividades de
planejamento;
✪ Participação no planejamento e assessoria
ao Orientador ou Educador Social, principalmente no que tange aos eixos e
subeixos técnicos do SCFV, bem como os temas transversais e sua aplicação nos
percursos elaborados;
✪ Assegurar que, na prestação do SCFV, as ações de
proteção e prevenção planejadas para os atendidos estejam em conformidade com
as características apresentadas pelos perfis de suas famílias, principalmente
no que tange às suas vulnerabilidades;
✪ Conhecimento das situações de
vulnerabilidade social e de risco das famílias em especial condição de serem
contempladas com os benefícios de transferência de renda (Programa Bolsa
Família, Benefício de Prestação Continuada, e outras);
✪ Conhecimento sobre as potencialidades apresentadas
no território onde se encontra o SCFV e o seu CRAS de referência;
✪ Ofertar informações sobre a
execução do SCFV às famílias dos atendidos;
✪ Contribuir com o encaminhamento
das famílias inscritas no SCFV para o CRAS e CREAS;
✪ Contribuir tecnicamente para a
oferta do SCFV, tendo em vista as diretrizes Nacionais, dentro de suas
atribuições específicas ;
✪ Desenvolvimento de atividades
coletivas e comunitárias no território;
✪ Encaminhar usuários ao SCFV;
✪ Acompanhamento do encaminhamento
de usuários ao SCFV, verificando seu prontuário de matrícula, tomando conhecimento
da existência ou não de situações de vulnerabilidades e da situação de “público
prioritário”;
✪ Assessorar tecnicamente ao(s)
orientador (es) social(ais) do SCFV nos temas relativos aos eixos orientadores
do serviço e às suas orientações técnicas, bem como ao desligamento de usuários
do serviço e quanto ao planejamento de atividades;
✪ Acompanhar o desenvolvimento dos
grupos existentes nas unidades ofertantes do serviço, acessando relatórios,
participando em reuniões, etc.;
✪ Manter
registro do planejamento do SCFV no CRAS;
✪ Avaliar,
com as famílias, os resultados e impactos do SCFV.
✪ Garantir
que as informações sobre a oferta do SCFV estejam sempre atualizadas no SISC e
utilizá-las como subsídios para a organização e planejamento do serviço.
✪ Articular ações que potencializam as boas
experiências no território de abrangência do CRAS;
✪ Participação nos estudos de caso
relativos aos usuários do SCFV;
✪ Participação
no processo de desligamento de usuários do SCFV;
✪ Participar
da definição dos critérios de inserção dos usuários no serviço;
✪ Realizar atendimento
particularizado e visitas domiciliares a famílias referenciadas ao CRAS.
✪ Acolher os usuários e ofertar informações sobre
o serviço;
b) Orientador Social ou Educador
Social: Função
exercida por profissional com, no mínimo, nível médio de escolaridade, conforme
dispõe a Resolução CNAS nº 09/2014. O orientador social tem atuação constante
junto ao(s) grupo(s) do SCFV e é responsável pela criação de um ambiente de
convivência participativo e democrático. Destacam-se as seguintes atribuições
desse profissional:
✪ Desenvolver atividades socioeducativas
e de convivência e socialização visando à atenção, defesa e garantia de
direitos através o planejamento de percursos;
✪ Organizar, facilitar oficinas e
desenvolver atividades individuais e coletivas de vivência nas unidades e/ou,
na comunidade;
✪ Acompanhar, orientar e monitorar os
usuários na execução das atividades;
✪ Apoiar na organização de eventos
artísticos, lúdicos e culturais nas unidades e/ou na comunidade;
✪ Participar das reuniões de equipe
para o planejamento das atividades, avaliação de processos, fluxos de trabalho
e resultado;
✪ Desenvolver atividades que contribuam
com a prevenção de rompimentos de vínculos familiares e comunitários,
possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas;
✪ Acompanhar e
registrar a assiduidade dos usuários por meio de instrumentais específicos,
como listas de frequência, atas, sistemas eletrônicos próprios, etc.
✪ Atuação constante junto aos grupos do SCFV;
✪ Atuar ativamente na recepção dos usuários fazendo acontecer o
acolhimento;
✪ Registrar suas atividades em formulários técnicos;
✪ Organizar oficinas que promovam atividades individuais e coletivas de
vivências nas unidades executoras e/ou na comunidade;
✪ Acompanhar e orientar os usuários na execução das atividades;
✪ Apoiar na elaboração de registros das atividades desenvolvidas;
✪ Participar das reuniões de equipe para o planejamento de atividades e
avaliação de processos, fluxos de trabalho e resultados;
✪ Acompanhar o ingresso e a qualidade da participação dos usuários no SCFV;
✪ Apoiar na articulação do SCFV com a rede de serviços socioassistenciais e
demais políticas públicas;
✪ Apoiar no desenvolvimento dos mapas de
oportunidades e de demandas do território.
Devem estar presentes
nas atividades propostas pelo SCFV:
Acolhimento:
Implica
escutar ativamente o usuário, seus interesses, necessidades e acreditar em suas
possibilidades, proporcionando uma ambiência acolhedora e afetiva, de forma
permanente. Baseia-se na aplicação de condutas pautadas em princípios éticos de
justiça e cidadania, desprovidas de julgamento, preconceito e discriminação.
Convivência:
Promover
intencionalmente bons encontros, planejados, que fortaleçam a
potência de agir pode impulsionar a ação para enfrentar situações conflituosas,
alterar condições de subordinação, estabelecer diálogos, desejar e atuar por um
mundo mais digno e mais justo.Investir em encontros que gerem afetos e
que potencializem a ação do usuário.
Socialização:
Chama-se
socialização o processo através do qual os indivíduos aprendem e interiorizam
as normas e os valores de uma determinada sociedade e de uma cultura
específica. Esta aprendizagem permite ao indivíduos obterem as capacidades necessárias
para desempenharem com mais êxito o seu papel de interação social. A
execução deste pilar caracteriza o momento de aplicação das diversas
metodologias que fazem acontecer a Educação Social, ou seja, a
preparação do indivíduo para conviver em sociedade de forma positiva
e pacífica. As metodologias escolhidas pela Unidade Executora devem
estar bem claras.
A participação dos usuários no SCFV:
Não se usa mais a denominação de
“frequência” em relação à presença dos usuários nos SCFV. Esta lógica foi
transferida para a nomenclatura de participação”, na Unidade Executora
e, com mais especificidade, nas atividades
oferecidas nesta unidade. Esta participação deve ser continuamente
incentivada. A carga horária de cada grupo poderá variar, de acordo
com o ciclo de vida atendido e as especificidades dos grupos de usuários,
levando-se ainda em consideração, a logística da unidade de atendimento.
Durante os percursos e ao final dos mesmos é fundamental que a qualidade da participação dos usuários seja avaliada, através de um trabalho conjunto entre o Orientador/Educador Social, o Técnico de Referência e o Coordenador/Diretor da unidade. O MDS, baseando-se na Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, fornece as seguintes orientações/recomendações para a organização da participação dos usuários no SCFV, de acordo com os Ciclos de Vida. (pag. 63 do “Perguntas Frequentes 2017” )
As atividades socioeducativas ofertadas são estratégias de atuação dos profissionais e não a finalidade do SCFV. Dessa forma, o SCFV não deve se limitar à execução fria da atividade somente. As atividades oferecidas nas oficinas, conduzidas pelos orientadores/Educadores Sociais, devem possuir objetivos educativos bem mais amplos e contemplar, em momentos específicos, os eixos, subeixos e temas transversais que orientam a execução dos SCFV.
Durante os percursos e ao final dos mesmos é fundamental que a qualidade da participação dos usuários seja avaliada, através de um trabalho conjunto entre o Orientador/Educador Social, o Técnico de Referência e o Coordenador/Diretor da unidade. O MDS, baseando-se na Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, fornece as seguintes orientações/recomendações para a organização da participação dos usuários no SCFV, de acordo com os Ciclos de Vida. (pag. 63 do “Perguntas Frequentes 2017” )
As atividades socioeducativas ofertadas são estratégias de atuação dos profissionais e não a finalidade do SCFV. Dessa forma, o SCFV não deve se limitar à execução fria da atividade somente. As atividades oferecidas nas oficinas, conduzidas pelos orientadores/Educadores Sociais, devem possuir objetivos educativos bem mais amplos e contemplar, em momentos específicos, os eixos, subeixos e temas transversais que orientam a execução dos SCFV.
Eixos e subeixos do SCFV:
Eixo Convivência
Social ( Principal Eixo)
✪ Estimular o
convívio familiar e comunitário.
✪ Fortalecer o
sentimento de pertença.
✪ Formação da
identidade.
✪ Construção de
processos de sociabilidade, laços sociais, relação de cidadania, etc.
Subeixos da Convivência
Social:
✪ demonstrar
emoção e ter autocontrole.
✪ demonstrar
cortesia.
✪ capacidade de
comunicar-se.
✪ capacidade de
desenvolver novas relações sociais.
✪ capacidade de
encontrar soluções pacíficas para conflitos.
✪ capacidade
para realizar tarefas em grupo.
✪ capacidade de promover e
participar da convivência social em família, grupos e territórios.
Eixo Direito de
Ser:
✪ Estimular o
exercício de todos os ciclos de vida, em toda sua pluraridade.
✪ Promover
experiências que possam potencializar a vivência dos ciclos de vida em toda a
sua pluralidade.
Subeixos do Direito de
Ser:
✪ direito a
aprender e experimentar.
✪ direito de
brincar.
✪ direito de ser
protagonista.
✪ direito de
adolescer e envelhecer (viver o seu ciclo de vida).
✪ direito de ter
direitos e deveres.
✪ direito de
pertencer.
✪ direito de ser diverso.
✪ direito à comunicação.
_____________________________________________________________________
Eixo Participação:
✪ Estimular, mediante a oferta de atividades planejadas, a participação dos
usuários nas diversas esferas da vida pública, a começar pelo SCFV, passando
pela família, pela comunidade, pela escola, etc.
✪ Favorecer o desenvolvimento do indivíduo como sujeito de direitos e
cidadão.
Subeixos
da Participação:
✪ Participação
no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
✪ Participação
no território.
✪ Participação
como cidadão.
✪ Participação
nas políticas públicas.
Algumas características específicas do
SCFV:
✪ Organizado em percursos, de acordo com as características
peculiares dos diversos Ciclos de Vida.
✪ Organizado, de preferência, em grupos heterogêneos.
Serviço continuado e
ininterrupto.
✪ Referenciado ao CRAS de seu território.
✪ Referenciado a um Técnico de Referência no CRAS.
✪ Complementar ao trabalho com família realizado no PAIF e no PAEFI.
✪ Atende o público prioritário, mas
é aberto a todos.
✪ Possui uma unidade física onde o
serviço é executado.
✪ Possui Técnico de referência do SCFV e orientador (es) ou educador(es)
social(is).
✪ Possui recursos humanos regulados pela
NOB-RH do SUAS.
✪Não pode ser uma repetição do espaço escolar ou de “escolinhas” de
esporte ou culturais, ou ainda Oficinas de reforço escolar, que não trabalhem
os eixos, subeixos e temas transversais preconizados no Reordenamento do MDS.
✪ Todos os usuários devem ser inscritos no SISC - Sistema de
Informações do SCFV.
✪ Promove aquisições progressivas aos usuários.
✪ Deve existir a intencionalidade educativa dos trabalhos propostos
aos usuários, fazendo uso de metodologias que utilizem dinâmicas de grupo e
atividades vivenciais, que sejam capazes de proporcionar aprendizado de
habilidades de relacionamento interpessoal e resolução pacífica de conflitos.
✪ Adota práticas democráticas e participativas na condução dos percursos
junto aos usuários.
✪ Não possui um currículo padronizado ou uma programação padrão que
não permita mudanças. Seu currículo contempla as demandas percebidas nos
usuários e no território, principalmente as vulnerabilidades existentes.
✪ Considera as emoções e o afeto como ferramentas de trabalho.
✪ Investe em encontros que geram afetos e potencializam ações.
✪ Incentiva o protagonismo dos usuários.
✪ Incentiva a participação comunitária dos usuários.
✪ Prevê ações intergeracionais.
✪ Tem como metodologia a convivência e como resultado o vínculo.
✪ Desenvolve sentimentos de pertença e identidade.
✪Tem
especial preocupação com possíveis vulnerabilidades relacionais que os
usuários possam apresentar: conflitos que produzem sofrimento; preconceito
e discriminação; abandono; apartação; confinamento; isolamento;
violência (física e/ou psicológica). A partir destas vulnerabilidades
reconhecidas, o SCFV elabora percursos de atuação, ajudando na sua superação ou
minimização.

Atividades que por si só NÃO
caracterizam a execução de SCFV
✬ Ações sem planejamento prévio de propósito e conteúdo.
✬ Ações sem definição clara de objetivos.
✬ Ações que não contemplem, claramente, a abordagem dos eixos,
subeixos e
temas transversais do SCFV, preconizados pelo MDS no
Reordenamento.
✬ Ações pontuais ou esporádicas, que não contemplem, claramente, na elaboração
de percursos, a abordagem dos eixos, subeixos e temas
transversais do SCFV, mesmo que acontecendo com os seguintes procedimentos,
dentre outros:
✪ Ministração de palestras;
✪ Promoção de cursos
profissionalizantes ou de treinamento
profissional;
✪ Encaminhamento para emprego ou
trabalho;
✪ Atividades de apoio escolar/acadêmico
ou de alfabetização;
✪ Quaisquer atividades que visem
certificação acadêmica ou profissional;
✪ Realização de passeios turísticos
e de lazer;
✪ Realização de jogos esportivos e
de lazer;
✪ Promoção de escolinhas de esporte, de informática, de idiomas e de
musicalização;
✪ Promoção de cursos de culinária ou
de artesanato;
✪ Assistência religiosa, terapêutica, odontológica, psicológica, jurídica ou médica;
✪ Distribuição de cestas básicas
ou atividades de apoio alimentar;
✪ Doação de roupas, calçados e de medicamentos;
✪Oferta de bolsas de estudo.
Atividades do SCFV
Por
que é importante planejar as ações/atividades dos grupos do SCFV antes de
executá-las?
A Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais (2009, p. 9) aponta que o SCFV é uma “forma de intervenção
social planejada, que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os
usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais
e coletivas, na família e no território .
A
intervenção social a ser realizada no contexto do SCFV deve possibilitar o
alcance de objetivos gerais e específicos, considerando o ciclo de vida dos
usuários que participam do serviço (para mais informações sobre os objetivos do
SCFV, conferir pergunta nº 2). Para alcançar esses objetivos, é importante que
as ações/atividades a serem executadas no SCFV sejam planejadas.
O planejamento é a “chave” para se
desenvolver uma intervenção social com pualidade. Ao se planejar, delimitam-se
as intencionalidades das abordagens e das intervenções a serem realizadas e,
para isso, é preciso:
✪Ter
clareza dos objetivos a serem alcançados;
✪ Delimitar
o tempo de que se dispõe para a execução das ações;
✪ Ter
conhecimento das características específicas de cada grupo com que se vai
trabalhar;
✪ Definir
os meios utilizados para atingir os objetivos, ou seja, os métodos (que temas
serão desenvolvidos, como serão abordados, em que sequência, qual a relação
entre eles, como vão ser articulados) e as técnicas (dinâmicas e recursos
didáticos);
✪Desenvolver
procedimentos e instrumentos para o acompanhamento, a avaliação e a
sistematização das ações.
O
planejamento, quando é dimensionado como um processo dinâmico de preparação,
execução, avaliação e sistematização das ações, deve ser
permanentemente ajustado em função de novos desafios que vão se apresentando no
processo de trabalho. A ação planejada, ao ser colocada em prática, muitas
vezes é modificada pela realidade e a dinâmica do processo de interação com os
usuários. Todavia, é importante nunca perder de vista os objetivos propostos
para que os novos caminhos que se apresentem sejam coerentes e não comprometam
o que se pretende alcançar com as ações. Nesse sentido, a preparação da atuação
do orientador social, o seu compromisso com uma postura dialógica, propositiva
e cooperativa são essenciais para assegurar que as ações/atividades sejam
coerentes e consequentes.
Os eixos orientadores do SCFV, assim como os subeixos e os temas transversais orientam o planejamento e a oferta de atividades no sentido de contribuir para a elaboração de propostas que contemplem formas de expressão, interação, aprendizagem e sociabilidade em conformidade com os objetivos do serviço (para mais informações sobre os eixos e subeixos do SCFV, conferir pergunta nº 3; sobre os temas transversais, conferir pergunta nº 49).
A participação do Técnico de Referência do CRAS no planejamento das atividades também enriquece esse processo e possibilita articular o SCFV com as discussões realizadas no âmbito das ações do PAIF, a quem o SCFV é complementar, trazendo à tona a referência da matricialidade sociofamiliar, que é um dos pilares do SUAS.
É importante que a equipe do SCFV (técnico de referência e orientadores/educadores sociais) efetivamente reserve tempo para planejar e avaliar as ações/atividades a serem executadas junto aos grupos. Isso deve ocorrer de maneira sistemática – com prevista regularidade –, sempre que possível, e necessitar.
Os eixos orientadores do SCFV, assim como os subeixos e os temas transversais orientam o planejamento e a oferta de atividades no sentido de contribuir para a elaboração de propostas que contemplem formas de expressão, interação, aprendizagem e sociabilidade em conformidade com os objetivos do serviço (para mais informações sobre os eixos e subeixos do SCFV, conferir pergunta nº 3; sobre os temas transversais, conferir pergunta nº 49).
A participação do Técnico de Referência do CRAS no planejamento das atividades também enriquece esse processo e possibilita articular o SCFV com as discussões realizadas no âmbito das ações do PAIF, a quem o SCFV é complementar, trazendo à tona a referência da matricialidade sociofamiliar, que é um dos pilares do SUAS.
É importante que a equipe do SCFV (técnico de referência e orientadores/educadores sociais) efetivamente reserve tempo para planejar e avaliar as ações/atividades a serem executadas junto aos grupos. Isso deve ocorrer de maneira sistemática – com prevista regularidade –, sempre que possível, e necessitar.
Referências
bibliográficas:
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL E COMBATE À FOME. (2017). PERGUNTAS
FREQUENTES. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
Brasília: MDS. Departamento de Proteção Social Básica.
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
COMBATE À FOME. (2013). Proposta de reordenamento doserviço de convivência e
fortalecimento de vínculos. Slides em Power Point. Brasília: MDS.
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
COMBATE À FOME. (2013). Concepção de convivência e fortalecimento de
vínculos. Brasília: MDS – Departamento de Proteção Social Básica.
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
COMBATE A FOME. (2013). Tipificação nacional de serviços socioassistenciais.
Brasília: MDS – Departamento de Proteção Social Básica.
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
COMBATE A FOME. (2013). Caderno de Estudos do Curso de Indicadores para
Diagnóstico do SUAS e do Plano Brasil sem Miséria. Brasília: MDS,
Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, Secretaria Nacional de
Assistência Social.
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
COMBATE A FOME. (2015). Perguntas frequentes: serviço de convivência e
fortalecimento de vínculos. Brasília: MDS – Departamento de Proteção Social
Básica.
BRASIL. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. (2014). Resolução
Nº 9, de 15 de abril de 2014. Brasília: MDS – Conselho Nacional de Assistência
Social.
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